sábado, 20 de dezembro de 2008

vou-te desenhar uma flor

Vou-te desenhar uma flor,
Segue-me da raiz ao perfume.
Pára, concentra-te:
Finas linhas envoltas de terra,
Espreitam e se tornam grossas,
Agora não são térreamente escuras,
São verdinhas as linhas.
E ao lutar pelo calor, separam-se.
Quando fazem as pazes,
São de novo uma só linha.
Como se amor fizessem,
Dão à luz e ao calor,
O fruto do seu orgasmo,
Uma bela e tímida flor.
Primeiro cautelosa e de seda envolta,
Mas, mal vê quão bonito isto é ao nascer,
Desabrocha numa paleta de cores,
E que perfumadas tonalidades.
Cheira-a, inala cada cor.
A minha bela flor,
Não é eterna,
Cada dia perde uma pétala,
E quando olhares de novo,
Só as secas raízes restam dela.

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