quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Esmago nas mãos o tabaco blasfemado

Dou por mim a enrolar mais um cigarro...
Esmago nas mãos o tabaco blasfemado.
Amordaço-o com vontade!
Sai de mim tão perfeitinho…
Dá gosto contemplá-lo.
Mas para quê tanta perícia,
Se em duas ou três inspirações,
E três ou quatro baforadas…
Ele não é mais do que nada?!
De súbito ao apagá-lo,
Sujo as mãos de cinza sua.
Percebo então que há sempre algo que nunca abala…

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