segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sou pouco mais do que a pele torneia

Chega.
Imploro-te! Por hoje chega.

Já não tenho mais subterfúgios.
Já não tenho orgulho.
Já não tenho personalidade…
Já não sou uma pessoa como outra qualquer.

Sou agora um corpo com apelidos,
Largados à mais asquerosa criatividade.
Sou tudo o que me quiserem chamar.
Já não sou eu.

Sou pouco mais do que a pele torneia…
Já nem é sangue o que me corre nas veias.
São só lágrimas pela vossa razão abafadas.

Já não tenho mais evasivas,
Esgotei-as nos meus vis pensamentos.
Já não sou nada.
Não há argúcia que me valha.

Mas, porque é que não me deixam ser nada?
Chega! Por hoje chega…
Estou empanturrada de só contemplar falhas!

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