domingo, 8 de novembro de 2009

Te quiero

A boca dela curvilinear como as ancas...
Diz como quem suplica, como quem morde.

Embebeda-me o sopro, quente cacau,
Que traz compassos hispânicos no verbo.

Piso-lhe os pés miúdos na rumba,
Durante o entrelaço de narizes.

E no beijo que não se deu,
Peço-lhe que guarde o meu olhar servo...
Ela sibila... te quiero.

Pele

Da pele, do perfume, da voz.
Da mão que não sinto,
Do entrelaço asfixiante.
Sentimento enfermo, a saudade.

Já não escrevo, já não pinto.
Já não canto, já não danço.
Só te espero.
Sentimento vivo, a saudade.

Que longe me pareces, a um dia-luz de caminho. Deixa os Neandertais e vem para aqui. Ai a saudade, que sentimento intruso este. E o tempo casmurro que não se vai.