domingo, 19 de abril de 2009

Desabotoados

1. Não olhes para o firmamento. O que há lá que te valha? O que houver é na Terra, Para lá dela não há nada. 

2. Não percebo o meu apetite, Ainda assim sinto-o especial. Talvez baste um palpite, Para que a refeição não acabe mal. 

3. Que olhar é esse? Tem tanto de não querer dizer, Como de ansiedade em revelar. Não é um brilho desinteressado, É um esconderijo, Que desarmado deixa o meu olhar. Até quando me pretendes ofuscar? 

4. Andamos às voltas. A fugir de nós e dos outros, E de vultos trôpegos, Escondidos dentro da roda que cada volta forma.

3 comentários:

  1. gostei muito do desbotoado 4 !
    cordialmente
    ________ JRMARTO

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  2. ... e, sim, por vezes,as rodas que em torno de nós formamos são muros que nos impedem de olhar mais longe e não permitem que os outros cheguem a nós.
    Parabéns.

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  3. obrigada pelas visitas! Estamos de acordo quanto ao preferido.

    Concordo em pleno com o Paulo...

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