domingo, 15 de fevereiro de 2009

Solitáte

Do teu longe não se faz perto.
A tua ausência não aumenta o que a ti me une,
as saudades não me fazem bem.

Cresce a certeza da falta que me fazes,
cresce a dúvida... brotam hipóteses.

Idealizo a tua metade.
Realizo imagens tuas com ela.
Sinto o teu cheiro, cheirado por ela.
Sinto o teu laço, mas não em mim... na cintura dela.
Vejo-te seduzido, meloso, dengoso... como já não és comigo.
Que pesadelo antigo.

Vem para aqui.
Sussurra-me o que quero ouvir.
Não sussurres, por favor, grita!!

2 comentários:

  1. admiro a relação unívoca, entendo que o amor pode partir apenas num só sentido... mas gostei - a poesia pode ser tudo. Mas eu que o diabo o jure, até sou cristão, eu, dizia, faço poemas à humanidade ao Homem, às suas venturas e desventuras - também sou um poeta do amor. A fazer fé no poeta das canções, direi- " amar em todos cada um", mais se o todo é igual às partes e a soma das partes são iguais ao todo, então amar um pode ser amar todos./ Jaimito

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  2. nunca soube de sentimentos tão tristes escritos de maneira tão bonita!

    *

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