A mãe dele rezava terços ao borralho.
Calor que a enganava, rezas que a aqueciam.
O pai cavava.
Cada enxadada,
Cada menino de outro se enterrava.
Ela pura o esperava.
No lugar dos braços dele, só o tear encontrava.
Teceu tapetes que ele nunca pisou.
Teceu colchas para o eterno enxoval.
O único que ela amou, um barco o levou,
Só o trouxe o jornal.
Ela pura o espera...
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...absolutamente belo , este Poema !
ResponderEliminar... gosto deste blogue é vermelho e rende homenagem a nina simone , ah e é poético e de grande sensibilidade ...
humilde e vaidoso , parto!
_________ JRMarto
Muito obrigada pela visita, JRMarto.
ResponderEliminarGosto muito, muito mesmo, deste poema e pela primeira vez alguém o comentou, e logo com um comentário tão simpático e elogioso. Obrigada.
Cumprimentos e, agora, é a minha vez de ir espreitar o seu "parto".